terça-feira, 26 de junho de 2012

Turbulenta, última sessão ordinária do 1º semestre tem discussões acaloradas e troca de acusações

A sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Elias Fausto, realizada no último dia 26, foi marcada pela tensão e por fervorosas discussões entre os representantes do legislativo. A posse da nova vereadora, Dóris Maria da Silva Rossi, ficou em segundo plano diante dos discursos acalorados, principalmente entre o vereador Jan e o presidente da câmara, vereador Toninho Betarelli. O foco do conflito foi o requerimento de urgência do projeto de lei nº 21/2012, que trata da regularização do terreno de uma empresa localizada próxima à saída para o bairro Cardeal, na rodovia João Henrique Schultz.
Inserido pelo vereador Jan, o requerimento foi assinado apenas pelos vereadores da situação (além do próprio Jan, os vereadores Danyel Maia e Mirão Zapata assinaram) e foi rejeitado pelos demais vereadores. O motivo alegado para a rejeição foi a escassez de tempo para análise e o desconhecimento da legislação pertinente, pois o projeto entrou na casa legislativa na última sexta feira, dando apenas dois dias e meio para que os vereadores pudessem analisar o caso.
Foi o que bastou para por fogo na sessão. Exaltado, Jan disparou contra os vereadores da bancada oposicionista, dizendo que o motivo real para a rejeição era a falta de interesse dos colegas em dar andamento a projetos de interesse do município. As respostas vieram de todos os lados, inclusive com a ameaça de suspensão da sessão se os ânimos não fossem contidos.
Jan se exaltou é só se conteve quando Toninho ameaçou suspender a sessão

A sessão, que estava mais uma vez lotada, foi interrompida por um momento para que a plateia pudesse se acalmar, pois não é permitida a manifestação popular durante os trabalhos (um dos presentes só parou quando o presidente ameaçou chamar às autoridades).
A discussão perdurou até mesmo após o encerramento da sessão. De um lado, os oposicionistas explicavam aos empresários presentes (que seriam beneficiados pela aprovação do projeto) o porque da rejeição do requerimento de urgência. Por outro, os membros da situação culpavam a politicagem pela discordância na sessão. Jan chegou a falar, para quem quisesse ouvir, que a rejeição tinha como objetivo segurar o projeto até que ele fosse aprovado na próxima administração, caso a oposição vencesse. Mirão classificou como "vergonha" o fato dos vereadores pedirem desculpas aos empresários: "Votam 'não'e agora pedem desculpas, é a mesma coisa que dar um murro na cara e pedir desculpas depois".

Projetos
Apesar de toda a discussão,um dos projetos de lei foi aprovado na sessão de hoje. É o projeto nº 20/2012, que libera a verba de R$ 2 milhões para o pagamento de funcionários e manutenção da folha de pagamento. O projeto foi aprovado por unanimidade e sem questionamentos.
Além disso, Danyel Maia prometeu lutar, junto à delegacia de Piracicaba, por um efetivo maior de policiais militares na cidade, ao comentar o assalto e explosão da agência do Banco Bradesco na cidade.
O vereador também destacou o convênio firmado entre a prefeitura e o governo federal, no valor R$1,3 milhão de reais, para a construção de uma nova creche no município, com capacidade para 150 crianças.
A câmara estará em recesso no mês de julho, e só retoma as atividades na primeira terça feira de agosto.

Discursos Iniciais são marcados por troca de acusações

Lázaro se emocionou ao lembrar da família


Antes do conflito principal, a sessão da câmara já chamuscava com troca de farpas entre os vereadores. Uma das críticas foi em relação à paralisação das obras da nova câmara, por ordem do presidente da câmara, que justificou esse impedimento com o seu descontentamento em relação aos valores da construção. O discurso mais enfático foi o do vereador Lázaro Barranco, que relembrou emocionado boa parte da história da cidade, e classificou como "um sonho" a inauguração do novo prédio: "A cidade cresceu em torno disso aqui (a câmara municipal - antiga estação que deu origem à cidade) e ela está se deteriorando. Precisamos não apenas olhar para frente, mas também olhar para trás, e deixar essa história para nossos filhos, netos e bisnetos."
Toninho justificou suas primeiras ações como presidente

Além da paralisação das obras, o presidente também justificou a rescisão de contrato com a empresa responsável pela manutenção dos computadores da câmara. Segundo o presidente, o motivo da rescisão foi o valor cobrado pela empresa (R$ 6 mil mensais) para realizar a manutenção dos seis computadores do legislativo.

Dóris toma posse
Dóris prometeu trabalho duro, mesmo no curto período de mandato

Hoje também foi a estreia da nova vereadora, professora Dóris, que toma posse após a renúncia do ex-presidente da câmara municipal, Dimas Lucas, preso por roubo de cargas em Paulínia. Dóris recebeu as boas vindas de todos os vereadores, e em seu primeiro discurso, relembrou sua trajetória no município e prometeu trabalho sério e honesto nos seis meses que lhe restam de mandato.

Um comentário:

  1. Caramba, 6 mil para fazer manutenção em 6 computadores?? 1 mil cada um, as vezes é só para bater um arzinho. Quem máfia.
    1 mil pelos 6 já é muito ainda.
    Mas enfim, vamos ver a nova administração se tem menos roubo.

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