quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sacolinhas plásticas: O Retorno

Em um momento em que tanto se fala em sustentabilidade e preservação ambiental, o estado de São Paulo dá um salto para trás, no que foi uma demonstração clara de que a consciência em relação à preservação do meio ambiente está longe de ser uma prioridade das atitudes sociais.
A extinção das sacolas plásticas de supermercados do estado,  no início do ano, representou o primeiro passo real na adaptação prática da vida diária a um modo mais sustentável, ambientalmente falando, e serviria como um teste para que se pudesse, em caso de sucesso, dar o "passo seguinte".
Logo na primeira semana, porém, pipocaram reportagens na TV, jornais e revistas com populares criticando a decisão por acabar com a "praticidade" na hora de fazer as compras.
A sociedade ocidental construiu o seu conforto às custas da degradação ambiental. E, no momento em que se tomou uma atitude prática (e muito simples), ao invés de falatório político e discursos bem escritos, (ou alguém acredita que a Rio+20 vai vingar em algo palpável?) a própria população, que tanto cobra a política sustentável de seus representantes, foi a primeira a chiar e fazer a pressão necessária para que as sacolinhas voltassem, simplesmente porque um de seus confortos mais simples, porém que causava muitos danos ambientais, foi cortado. É o famoso "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
Fatos como esse mostram que a realidade de se lutar pela preservação ambiental não é tão bonita (nem tão fácil) quanto se pensa ou se mostra nas propagandas, e que o nosso planeta está mesmo com seus dias contados, uma vez que a população demonstrou não ter a capacidade e consciência ambiental de abdicar nem mesmo de um simples item que pode facilmente ser substituído por algo ambientalmente mais "correto", apenas pela preguiça de se adaptar à mudança e preguiça de levar sua própria sacola ao mercado.
Agora, a política de sustentabilidade ganhou o maior de todos os inimigos, a própria população, que mostrou ser idêntica aos seus governantes: Muito discurso e pouca ação!

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